domingo, 12 de dezembro de 2010

Auditions, Schmauditions

Boa noite caros leitores, hoje traduzirei um artigo escrito em 8 de março de 2004, por Jay Friedman, principal trombone da Orquestra Sinfônica de Chicago. Neste artigo ele relata alguns pensamentos sobre o processo de audições para se entrar em uma orquestra sinfônica.

Video do dia: http://www.youtube.com/watch?v=KffReF4Af8A&feature=related


Auditions, like democracy, are a very poor system.  And, like democracy, other options are much worse.  This discussion is aimed at not only those who audition, but those who listen to auditions.

Think of yourself as a door to door salesman.  Most of the time you are going to get the door slammed in your face.  Do you go home and cry?  No, you go to the next door and try again.  You have to become immune to rejection.  Unfortunately, auditions aren't that frequent so each one takes on an importance that is deceiving.  But, auditions still are still a door to door selling business just spread out over a large time frame.  

Take solace in the fact that usually the best player for that position didn't get the job because it wasn't their day, it was someone else's.   Auditions don't show very much how someone is going to function in an ensemble.  Those are two different animals.  An audition is a solo performance and playing in an orchestra is an ensemble performance.  Someone can be very nervous in an audition and have no nerve problems in an ensemble and vice-versa.  To illustrate how inaccurate auditions are in judging talent and ability, let's take two auditionees for example.  One is a great player who would fill the position admirably and the other is someone who is not good enough to even be auditioning.  Chances are both will end up with the same results.  That is why we should not take the results of auditions so seriously.


That said, let's examine some rules to live by to be more successful in auditions.  First of all, don't go to an audition with any preconceptions.  The chances are, what ever you imagined will be wrong.  Most audition committees don't know exactly what they are looking for collectively, because they  want someone to come in and convince them that you are the "ONE".  Be yourself and don't listen to rumors about what they are looking for.  Also, don't change your game plan at the last minute because of what you perceive.  It is probably a false apparition.  

My first rule of thumb would be to "Make a Great sound!"  My dynamic range would be governed by my ability to make a great sound.  I wouldn't play louder than I could make a great sound and I wouldn't play softer that I could make a great sound.  In other words, don't volunteer grossness in your loud playing or thinness in your soft playing.  If they want it louder or softer let them ask, and make them take responsibility for any excesses, loud or soft.  Also, if you can't play William Tell at 108, take it at a tempo that makes you sound more comfortable.  In addition, people have a tendency to take Hungarian March too fast.  I like a tempo that allows for maximum sound production, and that would mean a slower tempo than is usually taken.
Another mistake people make is practicing in a small room,  (after all, who has a concert hall to practice in?)  and playing to the acoustics in that room instead of the room they are going to audition in.  I often  tell my students preparing for auditions to "fill the hall with sound"  This is not a volume thing it is a resonance consideration.

Nerves are a major problem in auditions.  The secret to living with nerves, as I see it , is concentration.  Realize that you are going to be nervous, but that  you are going to play anyway.  If I get nervous in a performance I just put more expression into my playing, which makes me concentrate more on the music and less on the people who are listening.  Tune everything out except what you are trying to do with the music.  Worrying about things you can not control, like what they think of you is a big mistake.  This detracts from the thing that you can control; your performance.  Please yourself first, present your wares by making sure your sample case has a quality product, and is nicely presented.  If the answer is "No", get ready and go to the next door.  Just because one potential customer said no doesn't mean the next one will .  Remember you only need one Yes.

I now want to direct my comments to those of you who will some time serve as a judge on an audition committee.  Note -  perfect auditions don't impress me very much.  In fact, a friend of mine in the Vienna Philharmonic said that when someone plays a note-perfect audition for that orchestra it is considered a negative thing because it is felt that the auditionee didn't try hard enough to take musical chances which would have increased the odds of missing a few notes.  This is a very enlightened view and I wish more organizations would follow suit.  I like to hear a great sound with a definite musical personality that takes what is written on the paper and actually makes more out of it than just the notes.  This means style, expression (a singing sound), and capturing the character of each musical moment.


 TRADUÇÃO:

Audições são como democracia, é um sistema muito pobre. Mas, como a democracia, outras opções são muito piores. Esta discussão é focada não somente para aqueles que se submetem nas audições, mas para aqueles que ouvem as audições.

Pense em si mesmo como se fosse um vendedor de porta a porta. Na maioria das vezes voce recebera uma "portada" em seu rosto. Voce vai para casa e chora? Não, voce vai para a próxima porta e tenta novamente. Voce deve se tornar imune a rejeição. Infelizmente, audições não são frequentes, então cada individuo que audiciona, eleva este evento a tamanha importancia que se torna decepcionante/devastadora. Mas, audições ainda são porta-porta 'negócios de venda' que apenas estão espalhados em um maior espaço de tempo entre as ocorrências.

 Obter consolo no fato de que o melhor músico para determinada posição não conseguiu a vaga porque não era seu dia, era o dia de uma outra pessoa. Audições não demonstram como uma pessoa irá funcionar em um grupo. Estes são dois animais totalmente diferentes. Uma audição é concerto solo, e tocar em uma orquestra é um concerto em grupo. Alguém poderá ficar muito nervoso em uma audição e não ter nenhum problema em uma apresentação de um grupo e vice-versa. Para ilustrar como audição é inapropriado afim de julgar talento e habilidade, pegaremos como exemplos dois candidatos. Um é um grande músico que com toda certeza preencherá a vaga admiravelmente e o outro é alguem que nem sequer possui as habilidades necessárias para estar concorrendo uma vaga em uma orquestra. As chances sã que, os dois terminaram com os resultados empatados. Por isto não deveriamos tomar os resultados de uma audição tão seriamente.

 Isto dito, vamos examinar algumas regras que deveremos seguir afim de obter um resultado satisfatório em uma audição. Primeiramente, não vá em uma audição com idéias preconcebidas. As chances são, qualquer coisa que voce imaginou estará errado. A maioria dos examinadores não sabem o que eles procuram, na verdade eles estão esperando alguém que entre no teste e toque convicentemente, afim de eles (a banca) saberem sem sombra de dúvidas que voce é o 'escolhido'. Seja voce,  e não de ouvidos há rumores sobre o a banca está procurando. Também nunca mude teu plano de ação no último minuto, pois voce pressintiu alguma coisa. Isto é provavelmente uma falsa impressão.


Minha primeira regra seria em "Fazer/Ter um Grande Som" Minha gama de dinâmicas será governada pela minha habilidade de meu bonito som. Eu jamais tocaria forte a ponto de 'rachar' meu som, ou jamias tocaria piano demais a ponto de 'falhar' meu som. Em outras palavras, não se voluntarize a tocar grosseiramente em seus fortes, ou fraqueza em seus pianos. Se eles quiserem mais fortes ou mais pianos deixem que eles peçam por isto, e faça com que eles se responsabilizem por qualquer excessividade, tanto forte como piano. Também se voce não consegue tocar William Tell em 108, toque em um tempo que soará mais confortável. Complementando, as pessoas teêm a tendência de tocar a Marcha Húngara muito rápido. Eu gosto do tempo que permita um máximo de produção sonora, e isto significa tocar em um tempo mais lento do que se tocam normalmente.

Outro erro que muitas pessoas cometem é estudar em uma sala muito pequena, ( afinal das contas, quem tem um teatro para estudar/praticar?) e tocar em uma acústica que é muito diferente do local que provavelmente voce fará teu teste. Eu sempre digo para meus estudantes, que estão preparando para um audição 'encha o teatro/sala com som'. Isto não uma coisa relacionada ao volume, e sim um fator de ressonância.

 Nervos...são um dos maiores problemas em uma audição/teste. O segredo para viver com nervos, como eu vejo, é somente concentração. Entender que voce provavelmente estará muito nervoso, mas que apesar disto voce tocará de qualquer maneira. Se eu fico nervoso em um concerto eu simplesmente coloco mais expressão em minha interpretação, o que consequentemente me faz concentrar muito mais na música ao invés de me concentrar nas pessoas que estão ouvindo. Sintonize tudo ao teu redor, exceto o que voce está fazendo com sua música. Se preocupar com coisas que voce não pode controlar é um grande erro, como por exemplo o que sera que a banca está pensando sobre voce. Isto diminui a concentração da coisa que voce pode controlar, sua performance/sua apresentação. Presentei-se voce mesmo primeiramente, apresente 'sua mercadoria' tendo a certeza que voce tem um excelente exemplo de um produto de ótima qualidade, e ainda está muito bem apresentável. Se a resposta for 'NÃO', esteja preparado para seguir em frente até a próxima porta. Somente porque 'um comprador' disse não, não significa que o próximo dirá o mesmo. LEMBRE-SE voce precisa somente de um 'SIM'.

Agora gostaria de dirigir meus comentários para aqueles de voces que algumas vezes estão como júris em bancas de audições. Lembre-se, um teste perfeito não me impressiona muito. Na verdade um amigo meu da Filarmônica de Viena me disse uma vez, por lá quando alguém toca perfeito em um teste, é considerado uma coisa negativa pois pressupõe que a pessoa não se arriscou em tocar muito coração o que aumentaria sua musicalidade mas ao mesmo tempo esta pessoa poderia perder uma nota aqui outra acolá. Isto é uma coisa muito esclarecedora e eu desejaria que muitas outras instituições seguissem esta idéia. Eu gosto de ouvir um bonito som com uma idéia musical bem definida, com personalidade, que alem de tocar as notas escritas no papel fazem muito mais que isto. Isto siginifica estilo, expressão (um som cantado), e ainda captura o caráter de cada momento musical.


Obrigado por tua visita!
Bons estudos!
Nunca desita!
Um abraço à todos!
Samuca

Thanks for stop by!
Get back to the practice room!
Never give up!
My best wishes for you!
Sam

domingo, 5 de dezembro de 2010

Technical Studies by Herbert L. Clarke Third Study

Boa noite a todos, aqui vai mais uma parte do método de H. Clarke. Bons estudos para todos!

Video do dia: 

http://www.youtube.com/watch?v=Va2emfJW6j4

 

Third Study

Original

Practise without repeating at first, until the fingers are under perfect control.
These exercises are excellent for training the lips to be flexible in slurring, single and double tonguing, especially toward the end of the Study.
Etude III can be played entirely in one breath with practice.

Revision

Practice without observing the repeat signs until you have thoroughly mastered the fingering. Remember to keep the lips soft and relaxed throughout.
When you have mastered your legato technique, try single, and double tonguing.
Practice Etude III until you can play it in a single breath.

Comments

In Ex #46, both measures 7 and 8, beat 3 is to be a pedal E# and played first valve. Clarke considered this part of the cornet range as seen in his Elementary Studies book.
The breath control instructions from the original show Clarke’s overall approach of letting breath control develop at the players pace, never being stressed at the expense of clarity and accuracy. The upper notes should be accented to get the correct feel as explained by Claude Gordon in Brass Playing Is No Harder Than Deep Breathing (p. 28). The original does not say to keep your lips soft and relaxed, but that the exercises with train and develop it. The etude can be played in one breath, but this might take time and several times through the book.

Terceiro Estudo

Original:

Primeiramente pratique sem a repetição até os dedos estarem em perfeito controle.
Estes exercícios são excelentes para treinar os lábios nas ligaduras/flexibilidades, stacatto simples e duplo, especialmente quando voce estiver se aproximando do final do exercício.
Etude III poderá ser tocado com uma respiração após muita prática.


Revisão:

Pratique sem observar os sinais de repetição até que voce tenha resolvido todos seus problemas dos teus dedos.
Lembre-se de manter teus lábios relaxados, mas firmes durante todo o exercício.
Assim que voce estiver dominado os estudos ligado, toque-os em stacattos simples e duplos.
Pratique o Etude III até que voce seja capaz de tocá-lo em uma respiração.


Comentários:

No Ex #46 nos compassos 7 e 8, no terceiro tempo tem de ser um Mi pedal, tocado na posição 1, (primeiro pistão abaixado). Clarke considerava esta nota como se fizesse parte da extensão do trompete/cornet, como podemos observar em seu método Elementary Studies.
As instruções sobre respiração que está no original mostrava que Clarke considerava o desenvolvimento respiratório como algo natural e individual, cada pessoa a seu tempo. As notas mais agudas devem ser um pouco acentuadas para enfatizar a sensação, como explicado por Claude Gordon, em seu método Playing a Brass Instrument is No Harder Than a Deep Breath, pagina 28.
No original não enfatizava que devíamos deixar nossos lábios relaxados mas firmes, mas que devíamos praticar e desenvolve-los. O Etude III poderá ser tocado em uma respiração mas com muita paciência e muito estudo.


Obrigado por tua visita!
Bons estudos no trompete!
Pratique sempre!
Um abraço à todos!
Samuca


Thanks for stop by!
Never give up!
Practice your horn!
Sam