segunda-feira, 30 de maio de 2011

THE FIVE MYTHS OF TRUMPET PLAYING/ 5 MITOS DO TROMPETE

Boa noite caros leitores,
Esta noite traduzirei um importante tópico, que todos nós como trompetistas em algum ponto de nossas vidas nos questionamos, e algumas pessoas, passam por estes questionamentos constantemente e por toda a vida. Espero que possa esclarecer alguns pontos, e desta forma minimizar nossas neuroses e complexidades relacionadas ao ato de tocar trompete.

VIDEO DO DIA: Maynard Ferguson e Bill Chase, caros leitores, se voces não conhecem estes dois trompetistas por favor pesquise.

http://www.youtube.com/watch?v=th_5WmwDZVE&feature=related

VIDEO TRIPLE HIGH C! Dó 7.

Rashawn Ross e Adam Rappa



THE FIVE MYTHS OF TRUMPET PLAYING

There are at least five myths that have been circulating for generations – perhaps they always will. In some cases, these myths are perpetuated in order to preserve the ego of those who have not been successful. But these myths are harmful in that they detract from the understanding that achievement, of any sort, is a product of personal determination and effort.

Myth #1: “Only special ‘freaks’ can play in the high register. Don’t waste precious time trying to duplicate their efforts. There are plenty of notes below ‘high C’, on which to devote your time and effort.” FACT: Nearly any player can dramatically improve his high register. What is needed is the desire to do so, and a dedicated, systematic, approach. The high register will not succumb to the casual player.

Myth #2: “If I could find just the right mouthpiece, I too could be a high register artist!” FACT: There are mouthpieces that facilitate brilliance and intensity of sound. These mouthpieces, sometimes labeled “high velocity”, are more “V” shaped, as opposed to “bowl” shaped. Sometimes, usually at the music store when we are “trying” mouthpieces, almost any mouthpiece appears to be superior to the one we are now playing – hence the answer to all our prayers. But pitch is determined by frequency of vibration of your lip. If you can play a C4 on a Schilke 13a4a, you can also do so on a Bach 1 – or any other mouthpiece. Don’t get into the “drawer full of mouthpieces” syndrome. Chose a rim that is comfortable, provides an appropriate “sound” for music/genre in which you are playing, allows good “tongue-ability” and adequate flexibility – then LEARN TO PLAY IT! I am convinced that a larger cup diameter and a more “open” throat actually facilitate the development of the parameters which make high register performance possible. This is perhaps analogous to “swinging two bats before stepping up to the plate.” NOTA BENE – I did NOT say it would be “easier” for you to play “high” on a large mouthpiece, rather than a smaller one. You must remember that any concept of small/large is totally dependent upon YOU! You might just as well ask “what size shirt do you wear”, as ask “what size mouthpiece do you recommended”?

Myth #3: “I need a special trumpet – after all, you only get what you pay for.” FACT: Mouthpiece receivers, varying bores, different bell sizes, and various metal alloys will alter the timbre and playing characteristics of the instrument. But so often, as we are “trying-out” new trumpets, we interpret “feels different” to mean, “is better.” A case in point is the trendy description of “free blowing”, which we hear so often today. In my estimation, this quality is, by no means, universally desirable. Finally, the trumpet, in fact, has even less to do with lip vibration, which determines pitch, than does the mouthpiece.

Myth #4: “Playing and practicing in the high (G2 to C5) register will ruin the middle and low registers and make my tone brittle and laser-like”. FACT: Not practicing all registers equally will allow “one-sidedness” to take place. Practicing the pedal register, especially, will serve to counteract the extreme compression required to perform the high register. More than likely, a piercing, laser-like sound and a “blatty” low register is really the fault of a (for YOU) too small, too shallow mouthpiece. This combination often leads to “jamming” the mouthpiece (into your chops) in order to reach the higher tones – a technique which is sure to elicit the above mentioned complaints.

Myth #5: “You must play in all registers without changing your embouchure”. FACT: I don’t disagree with the above statement at face value, that is, to the extent that was actually intended. But I believe it has been interpreted far too literally because of semantics or simply insufficient explanation. Without reading between the lines, the statement is nonsense! No two tones are played with precisely the same lip setting, let alone the entire register of the trumpet. What is needed is a constantly adjusting embouchure which is capable of moving from the lowest register (soft, forward, and relaxed) through to the very highest register (rolled-in, firm, and tightly compressed). Re-read the last sentence and memorize it. It is urgent that you understand what is meant. The understanding which you believe that you have right now will no doubt be altered as you progress toward the constantly adjusting embouchure. We practice five octaves scales and arpeggios, WITHOUT STOPPING TO RESET THE MOUTHPIECE. In order to be able to do this, it is necessary to be able to adjust your embouchure while playing.



TRADUÇÃO:

Os Cinco Mitos de Tocar Trompete

Existem pelo menos cinco mitos que circulam por gerações, e talvez circulará para sempre. Em alguns casos, eles são perpetuados, afim de protegerem os egos daqueles que não foram bem sucedidos. Porém, este mitos são prejudiciais na medida em que prejudica o entendimento de que a realização/conquista, de qualquer sorte, é um produto de determinação e esforço pessoal.

Mito #1: "Somente pessoas "especiais" "freaks" podem tocar no registro agudo e super agudo. Não deperdiçe teu precioso tempo tentando reproduzir seus feitos. Há uma abundância de notas abaixo do Dó4, que é o Dó super agudo, (duas oitavas acima do Dó terceiro espaço), nas quais voce deve se dedicar e praticar". FATO: Quase todos trompetistas podem melhorar seu registro agudo. O que é necessário é um desejo de faze-lo e uma abordagem dedicada e sistemática. O registro agudo/super agudo nõ irá sucumbir com o instrumentista 'normal'.

Mito #2: "Se eu pudesse encontrar apenas o bocal certo, eu também poderia ser um artista do registro agudo/super agudo." FATO: Existem bocais que facilitam o brilho e a intensidade do som. Estes bocais algumas vezes rotulados de "high velocity/ alta velocidade" são geralmente em formatos em "V", em oposição aos de formatos em "Bowl/Bacia" Algumas vezes quando estamos 'experimentando' novos/diferentes bocais, geralmente qualquer bocal aparenta ser de melhor qualidade e desempenho que o nosso bocal atual, dando-nos assim todas as repostas para nossas orações. Mas, a altura é determinada pela frequencia da vibração de teus lábios. Se voce consegue tocar um Dó4 (Dó super-agudo) em um bocal Schilke 13a4a, voce também conseguirá em uma bocal Bach 1, ou qualquer outro bocal. Não se meta na sindrome da "gaveta cheia de bocais." Escolha uma borda que seja confortável, e proporcione o apropriado de som para a música/estilo que voce está trabalhando, que permita boa 'habilidade na língua', e adequada flexibilidade, e entõ APRENDA A TOCAR NELE! Estou convencido que um 'copo' mais largo e uma 'garganta' (bocal) mais aberta, facilitará o desenvolvimento dos parametros que fará com que o registro agudo/super agudo seja possivel. VEJA BEM: eu não disse que seria mais fácil tocar no registro agudo/super agudo em um bocal grande/fundo ao invés de um pequeno/raso. Voce deve lembrar que qualquer conceito de fundo/raso está totalmente ligado ao indivíduo, (cada um é cada um, o que funciona para mim, pode não funcionar para voce)! Voce poderia muito bem perguntar: Qual tamanho de camisa voce usa/veste? como perguntar: Qual tipo/tamanho de bocal voce pode me recomendar?

Mito #3: "Eu preciso de um trompete especial, afinal voce só recebe por aquilo que paga." FATO: Os receptores de bocais, variam de diametro, os diferentes tamanhos e modelos de campanas e ligas dos metais, somentem mudam o timbre e as características do instrumento. Mas geralmente quando estamos 'experimentando' novos instrumentos, nos confundimos com a relação 'um sentir diferente' com 'soa melhor'. Uma descrição melhor é  nova tendencia de falar em 'free blowing/sopro livre', que ouvimos mutas vezes hoje. Em minha opinião (Clyde E. Hunt) esta qualidade é de nenhuma maneira a universalmente desejável. Finalmente, o trompete na verdade, tem muito menos a ver com a vibração labial, que determina a altura, do que o bocal.

Mito #4: "Tocar e praticar na região aguda/super aguda (G2 a C5, Sol acima do pentagrama, Dó duas oitavas acima do Dó agudo) arruinará suas notas nas regiões médias e graves, e fará com que teu som fique frágil e parecido com um som de 'laser'" FATO: Não praticar todas as regiões semelhantemente, fará com que uma das regiões se desenvolva mais que a outra. Praticar principalmente o registro pedal, compensará a enorme pressão requerida para se tocar nas regiões agudas e super agudas. Mais do que um som 'perfurante' e 'gritante', e um registro grave muito pobre de harmonicos, está totalmente relacionada ao teu bocal (para voce) muito raso e pequeno. Esta combinação normalmente leva o bocal 'interferir' (dentro do teus lábios), afim de que voe consiga tocar as notas agudas - uma técnica que certamente é a mais aporpriada para se ter um resultado acima citado, ou seja um som muito pobre de harmonicos, 'um som magro'.
Mito #5: "Voce deve tocar em todos os registros sem mudar a posição de sua embocadura". FATO: Eu (Clyde E. Hunt) não discordo desta afirmação, no entanto..Eu acredito que tem sido interpretada muito literalmente, talvez por causa da semantica ou por falta de explicações apropriadas. Sem voce ler/ver as entre linhas, esta afirmação não tem sentido. Nem duas notas é possivel serem executadas com a mesma posição de embocadura, imagine então um registro inteiro do trompete. O que se faz necessário é uma embocadura ajustável, que permita sair do grave para o agudo (suave, para frente,e relaxado) através das mais altas notas do trompete (enrolado para dentro, firme, levemente comprimido). Releia a ultima sentença e tente memorizá-la. É extremamente importante que voce entenda o que se está querendo dizer aqui. O entendimento que voce acredita que possui agora, irá paulatinamente se modificar, na medida que voce for se desenvolvendo e se ajustando com sua embocadura. Nós tocamos cinco oitavas, (quero aqui expressar que eu, Samuel Almeida Proença, em algumas escalas consigo tocar 3 oitavas), de escalas e arpegios SEM RETIRAR O BOCAL DOS LÁBIOS, para que isto seja possivel, é necessário ter uma embocadura flexível.

Obrigado por tua visita!
Volte aos teus estudos diários!
Nunca desita!
Um abraço
Samuca

Thanks for stop by!
Never give up!
Keep practicing!
My best wishes for you!
Sam

domingo, 8 de maio de 2011

ARNOLD JACOBS Air/RESPIRAÇÂO

Boa noite meus caros leitores,

Esta semana achei um Blog chamado TRUMPET MATTERS (Questões Trompete), enfim este Blog foi criado por Phil Collins, principal trompete da Cincinnati Symphony Orchestra, já aposentado. Gostei deste Blog, e pedi permissão para ele para traduzir alguns dos artigos que ele colocar na net, ele muito gentilmente me cedeu esta oportunidade.

Blogger Phil Collins said...
Sam, You worked with one of the greats. Fred is much missed. By all means you are welcome to translate any of this that might be of help to people. Phil
8:56 AM

 

VIDEO DO DIA:

Nesta gravação podemos ouvir Maurice Andre, tocando o Oratório de Natal de J.S.Bach. Os trompetistas são Maurice Andre,Bernhard Gediga e Wilhelm Oppermann

 

 

Fueling Up

Imagine filling your car up with gas for a long road trip. You're off and running smoothly. Eventually your gas gauge approaches E, and you must pull over to refuel. For some unknown reason you hurriedly fill the tank only half way before continuing on your long drive.

In less than an hour you must stop again. This time you quickly pump only a couple of gallons. In mere miles you frantically pull off the road, this time adding a measly two pints of gas. At the next station it's just a few dribbles of precious fuel before plunging back into traffic. Soon your long journey is no longer any fun for you or for your engine which is now straining to run on the fumes.

My dad always warned not to let the gas gauge go below half. " Keep the tank full", he said. I took that as a breathing lesson. "The car does not run as well on the bottom of the tank", he would lecture. "It strains the engine." Likewise the brass player has to work much harder when only a small supply of air is used.

Say your long road trip is the off stage Post Horn Solo from the Mahler 3rd Symphony. After a very large intake of air you pull into traffic ever so stealthily, joining the onstage C in perfect harmony. Your good air supply is serving you very nicely, and you are in control and loving it. At the end of the very first phrase however you get a bit rattled as there is so little time to refuel. A hint of panic flashes across your mind as you know you did not get enough air for the next passage. That high A is approaching up ahead, and you only took a sip when you needed to guzzle!

This bad dream has only just begun, for the notes are coming at you faster than you can keep them filled with air. You've got another page and a half to go and already you are gasping! You look around, but there is no assistant in sight! You must learn to survive.

Arnold Jacobs maintained that brass playing is less about chops and more about wind. We don't have chop problems, we have air deficiencies. "Your embouchure is starved for air", he would say. A full intake of air must be followed by an efficient release of the air. There seemed to be nothing that couldn't be remedied by a good dose of wind and song. His first suggestion for my running-out-of-gas dilemma: "Phil, make sure all of your breaths are as full as the first one."


TRADUÇÃO:



Imagine abastecer teu carro com combustível para uma viagem longa. Voce iniciou sua viagem e está tudo correndo perfeitamente. Eventualmente o ponteiro do combustível irá mostrar que voce está na 'reserva', e voce tem de parar para reabastecer. Por alguma razão desconhecida, voce abastece somente pela metade antes de continuar sua viagem longa.

Em menos de uma hora voce terá de parar novamente. Desta vez voce coloca somente alguns litros. Após alguns kilometros rodados voce sai da estrada e agora coloca somente dois litros de combustível. No próximo posto de gasolina voce adiciona alguns poucos preciosos litros de combustível antes de entrar novamente no tráfego. Logo, sua longa viagem, não é nada agradável para voce e muito menos para o motor do teu carro que está 'fritando' e funcionando somente com o 'cheiro' do combustível.

Meu pai sempre me dizia, nunca deixe o ponteiro ficar abaixo da metade, sempre mantenha o tanque cheio, ele dizia. Eu tiro daí, uma lição de respiração. "O carro não funciona muito bem, quando está na reserva do combustível" ele ditaria, "Força muito o motor". Igualmente para o instrumentista de metal, tudo fica muito mais complicado e difícil quando voce usa somente um pouco de ar para tocar.

Digamos que sua 'longa viagem' é o solo fora do palco, para Post Horn, na Sinfonia 3 de Mahler. Após uma tomada de ar muito grande, voce entra no tráfego bastante confiante, ajuntando com a orquestra que está no palco, em perfeita harmonia. Sua quantidade de ar está muito boa, voce está em controle e está amando.

Mas, no final da primeira frase, voce fica um pouco agitado, pois voce só tem bem pouco tempo para reabastecer. Pequenas imagens de pânico começam a surgir em tua mente, pois voce sabe que não pegou ar o suficiente para a próxima frase. Aquele Lá agudo está se aproximando, e voce somente inspirou um golinho, quando na verdade voce deveria esbanjar.

Este pesadelo está apenas no começo, pois a notas estão vindo muito mais rápidas do que voce pode 'enche-las de ar'. Voce ainda tem uma página e meia pela frente e já está ofegante. Voce olha em sua volta, mas não há nenhum assistente à vista! Voce precisa aprender a sobreviver!

Arnold Jacobs afirmava que, para tocar um instrumento de metal é menos lábios e muito mais vento (ar). Nós não temos problemas de lábios, nós temos deficiencias em nosso ar. (em nossa respiração). "Sua embocadura está faminta de ar", ele dizia. Uma inspiração gigantesca precisa vir acompanhada de uma eficiente expiração do ar. Parecia não haver nada que não pudesse ser resolvido por uma boa dose de Wind and Song 'vento e canção'. (Wind and Song, é o nome do livro de Arnold Jacobs, tubista da Chicago Symphony Orchestra). "Phil, certifique-se que todas as tuas inspirações sejam iguais a sua primeira inspiração".

A dica é, devemos aprender a tomar/inspirar, grandes quantidades de ar, mesmo que tenhamos pouco tempo para isto. Nós não teremos sempre o luxo de um 'pit stop' demorado e prolongado, para um descanso apropriado. Mel Broiles (Principal trompete da Metropolitan Orchestra por mais de 30 anos), sempre nos dizia, que os melhores tocadores de metais, inspiram grandes quantidades de ar em um pequeno tempo de respiração. Trata-se de combustível e eficiencia. Quanto maior for o suprimento de combustível maior será o seu desempenho/eficiencia.

Obrigado por tua visita!
Volte aos teus estudos!
Nunca desista!
Um abraço à todos!
Samuca

Thanks for stop by!
Get back to the practice room!
Never give up!
All the best
Sam